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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Teenage Dream - 1ª Parte - 6º Capítulo


Pedro: Ju, quando eu olhei pra você, consegui enxergar tudo o que você é... Pelo menos o que eu conheci até agora. – ele sorriu. – Já gostei de você assim que te vi. Olhei e vi uma menina autêntica, leal, bonita... Por dentro e mais ainda por fora. – ele sorriu mais ainda e eu sorri também.

Eu: Obrigada... – eu falei sem graça.

Pedro: Eu não quero te deixar sem graça, não é essa a minha intenção, mas eu queria que você soubesse que assim que te vi, notei que seria especial...

Eu: Pedro...

Pedro: Você é especial.

Eu: Você também. Quando você entrou na sala, não consegui tirar o olho de você, notei que algo já existia entre a gente, antes mesmo de te conhecer, antes de falar com você... Percebi que você era verdadeiro, inteligente e muito especial, também. – as palavras saíram da minha boca com controle próprio... eu não sabia o que estava dizendo!

Pedro: É muito bom ouvir isso de você...

Eu: Digo o mesmo, Pedro...

Como sempre, as palavras foram o silêncio... Ficamos calados de novo. As mãos suando, estômago embrulhando e tremedeira... Tudo de novo!

Pedro: É isso...
Eu: Pois é... – ficamos nos olhando por um tempo... Tremenda troca de olhares! – Eu acho melhor irmos, está ficando tarde...
Pedro: É verdade, é verdade. Minha mãe me mata se ela chegar e eu não estiver em casa...
Eu: - dei uma risadinha –A minha também é assim...

Fomos até a nossas casas. Ele me deixou na porta e se despediu.

Pedro: Pronto... – ele disse... percebi que não sabia o que falar! Socorro!
Eu: Então, tá, né? Tchau, até amanhã. – eu falei. Ele me deu um beijo na bochecha... E isso me matou! Socorro! Cadê a ambulância nessas horas?
Pedro: Tchau. – ele falou, dirigindo-se pra sua casa.

Cada um entrou em sua casa. Aquilo não podia está acontecendo! Só podia ser brincadeira... Será que eu estava mesmo na realidade ou era um sonho? Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus! Preciso ligar pra Nath.

Eu: Ele vai.

Nathalia: Doeu?
 
Eu: Agora vai jogar na cara é?

Nathalia: Ju, estou brincando! E ai, como foi? O que você fez? Ligou pra ele? Falou com ele pelo Skype, fez como?

Eu: Ele mora na mesma rua que eu... Fui até a casa dele.

Nathalia: É piada?

Eu: Não, é verdade, juro!

Nathalia: Isso é o destino, Ju!

Eu: Que destino Nathalia? Fala sério...

Nathalia: Tenho tanto orgulho de você, minha amiga! Fez tudo melhor do que eu faria... Te amo sua linda!

Eu: Para, Nath. Também te amo, mas isso não vai mudar nada.

Nathalia: O que ele disse?

Eu: Não conversamos muito... – menti

Nathalia: Tá mentindo! – droga.

Eu: Como você sabe? Quer dizer... Por que você acha isso.

Nathalia: Fala logo!
 
Eu: Tá bom! – eu disse e contei tudo o que aconteceu...

Nathalia: - deu um gritinho –

Eu: Ih! Menos, tá? Não foi nada de mais...

Nathalia: Ah, para! Menos pra você, né? Dizer que uma garota é especial é nada de mais? Fala sério, Ju! Ele gosta de você... E o que você disse também demonstrou que você gosta dele... E o beijinho na bochecha foi a coisa mais fofa que eu já vi!

Eu: Ai, credo! Não te falo mais nada... Como você sabe que o beijinho na bochecha foi fofo se você nem viu?

Nathalia: Ah, Ju, eu conheço os meninos... Conheço os beijinhos na bochecha!

Eu: Ah, sei... Tenho que desligar, vou para o computador, beijos!
Nathalia: Beijos! Até amanhã!


Desligamos. Fui pro computador. Conectei o Facebook e vi que tinha uma nova solicitação de amizade. Pedro Rodrigues.

<Continua...>

Teenage Dream - 1ª Parte - 5º Capítulo


Eu: Você está me achando com cara de idiota?
Nathalia: Não, por que?
Eu: Vamos chamar o Pedro pra uma festa, Nathalia? Será que não tem como você pensar antes de falar besteira?
Nathalia: Ju, isso não é besteira... Vamos pra festa, vai ser legal, aí você comenta com o Pedro e ele vai topar com certeza! Quem sabe não rola... Hein? Você sabe que é só você querer, né?
Eu: Nath, juro que você enlouqueceu! Eu não vou chamar o Pedro pra uma festa! E não vai rolar é nada, eu já lhe disse, deixe de ser insistente...
Nath: Pedro! Que bom que passou por aqui... Você está sabendo da festa na casa da Mariana? Aí ele diz que não... Aí você diz que vai, e que quem sabe se ele quisesse...
Eu: Não! Para, para, para, você enlouqueceu, não é? Tá maluca mesmo? Sua mãe colocou remedinhos a mais no seu café da manhã pra aumentar sua loucura?
Nath: Para você, Ju! Deixe de besteira...
Eu: Besteira é o que você quer que eu faça... Não tem nada haver!
Nath: Tem tudo haver, sua boba! Para com isso, ligue pra ele e fale da festa...
Eu: Não vou fazer isso, já disse mil vezes!
Nath: Não vai fazer?
Eu: Não! Por favor... Deixe eu me safar dessa!
Nath: Tá bom, tá bom. Você não quer falar, né?
Eu: Não, não quero, mesmo, Nathalia!
Nath: Tudo bem, tudo bem... – ela tomou remédio, mesmo, né? Concordando comigo? Era alguma piada, algum tipo de pegadinha?
Eu: É, mesmo? Quer dizer, não vai precisar eu dizer?
Nath: É claro que não, Ju. Se você não quer! Eu não vou te obrigar... Mas, não é por causa dessa sua besteira idiota e infantil que eu vou deixar o Pedro fora dessa né?
Eu: O quê? Não tô entendendo nada...
Nath: Você não quer convidar ele... Mas, isso não quer dizer que eu não o convide...
Eu: O quê? Nathalia eu te mato, eu juro que te mato, você não pode fazer isso! Por favor, não faça.
Nath: Deveria ter pensado antes de falar que não queria... Vou te dar outra chance. Você fala, ou eu falo.
Eu: Tá legal, tá legal, eu falo... É melhor do que você falar, né? Você pode dizer coisas a mais, inventar histórias, então... Eu mesma falo.
Nath: Agora!
Eu: O quê? Agora, não... Amanhã!
Nath: Mais a festa é depois de amanhã, Ju... Quebre esse galho. Se for hoje, ele vai ter tempo de escolher roupa e tal...
Eu: Ai, eu te odeio, Nathalia!
Nath: Acha que eu não sei? Eu sou demais, mesmo, viu?
Eu: Como eu vou falar com ele?
Nath: Sei lá... Se vira aí.
Eu: Claro, já sei...
Nath: Me conta!
Eu: Quer saber?
Nath: Quero...
Eu: Vai ficar querendo... Vou desligar tenho que me apressar, beijos, beijos, beijos!
Nath: Misteriosa! Depois você vai me contar tudo!
Eu: Tanto faz, tenho que ir!

Finalmente desliguei aquela droga de telefone... Precisava me arrumar. Eu ia na casa do Pedro, falar com ele pra ir a festa. Estava decidida a fazer isso. Eu queria muito fazer isso. Mas, estava nervosa... Quem não estaria né? Eu não sei se posso, se devo... Mas, eu sei que quero! Quer saber, eu vou! Eu vou na casa dele e falar da festa. Só preciso vestir uma roupa legal. Uma bermuda com uma blusinha básica não fica muito caseira e nem muito charmosa, né? Não quero parecer nenhuma das duas...

Pronto.

Mãe: Filha, vai sair?
Eu: Vou, mãe.
Mãe: Mas, Ju, vai pra onde?
Eu: Vou aqui do lado... Casa de um amigo.
Mãe: Não demore...

Fechei a porta e saí. Fiquei nervosa, o estômago embrulhando, mas minhas pernas parece que tiveram auto controle e foram por mim... Toquei a campainha! Ai, por que eu fiz isso?  

Pedro: Juliana! Você por aqui? Aconteceu alguma coisa?
Eu: Oi. Não, não. – o que eu falo? Completamente perdida! – Eu queria saber se você quer dar uma volta, pra a gente conversar...
Pedro: - sorrindo – claro, eu adoraria. Quer entrar?
Eu: Pode ser... – eu disse entrando.
Pedro: Estou sozinho, fique a vontade, só vou trocar a blusa. – Na minha frente, meu filho?
Eu: Tá, tudo bem... – eu disse entrando no quarto dele. – Nossa! Gostei do quarto... – era simples, mas diferente... Interessante.
Pedro: Não está muito organizado... – concordo, menino!

Ficamos um tempo calados, como sempre. Ele se dirigiu ao guarda-roupa e pegou uma blusa vermelha com um desenho de um coqueiro.

Eu: Quer que eu vire? – Idiota! Isso é coisa que se fale?
Pedro: - sorrindo – Se você quiser pode se virar, mas por mim tudo bem... – Ai! Ai! Ai! Essa doeu! Será que ele queria se exibir pra mim?
Eu: Tá... – falei sentando na cama dele. Ele tirou a camisa... Ai meu Deus, o que é que é isso, Jesus? Tremi... Mãos suaram... Estômago embrulhou... Ai, ai, ai, isso não está dando certo. Ele vestiu a camisa.
Pedro: Vamos?
Eu: Vamos. – disse levantando-me.

Saímos da casa dele e fomos caminhando até uma pracinha que tinha ali perto.

Eu: Você está sabendo da festa da Mariana?
Pedro: Não fui convidado, mas fiquei sabendo... Você vai?
Eu: A Nathalia mencionou, mas não sei se vou...
Pedro: Ah...
Eu: Você iria?
Pedro: Quem sabe...
Eu: Vamos? Vai eu, você e a Nath.
Pedro: Pode ser... É amanhã, né?
Eu: Depois de amanhã.
Pedro: Ju – pela primeira vez ele me chama de Ju! Obrigada, Senhor! – posso lhe falar uma coisa?
Eu: Claro...

<Continua...>

Teenage Dream - 1ª Parte - 4º Capítulo


Tirei o capuz, com o coração acelerando. Pedro...

Pedro: Juliana?
Eu: Oi. Você vai de ônibus também? Eu não sabia...
Pedro: É... Eu também não sabia que você vinha de ônibus.
Eu: É...

Ficamos calados por um tempo. Inacreditável. Ele estava me seguindo ou o quê? Foi coincidência mesmo? Nossa...
Coloquei os fones de ouvido, notei que ele percebeu e fez o mesmo. Resolvi mudar de música. “Fix a Heart” de Demi Lovato. Notei que ele também estava mudando de música e dei uma olhadinha para ver o estilo favorito dele. “Fix a Heart” de Demi Lovato e... A mesma música? Ele me olhou... Droga!

Pedro: Ei! Você está ouvindo Demi Lovato! Eu também... Gosta dela?
Eu: Gosto muito!
Pedro: É, comprei recentemente o último álbum dela.
Eu: Unbroken! O melhor... Muito bom...

Conversamos sobre música, por um tempo, pelo menos. Mas, infelizmente minha casa chegou. Notei que ele levantou junto comigo.

Pedro: Minha casa é ali... Até amanhã. – Isso está acontecendo mesmo? Não pode ser verdade... Ele mora perto de mim? O quê?
Eu: A minha é ali... Tchau. – Nossa! Moramos na mesma rua... É só atravessar! Estou completamente surpresa!
Pedro: Espera... Mora aqui também? Moramos um em frente ao outro... Como não pensei nisso antes! É por isso que eu lhe conheço. – é mesmo? Verdade! Uma vez vi o Marcelo saindo da casa dele...
Eu: É... Eu vi o Marcelo na sua casa um dia desses.
Pedro: É. Somos amigos. Mas, nem tanto assim. Nos falamos muito pouco.
Eu: Ahn... Vamos? Não podemos fazer o motorista esperar.
Pedro: Tem razão.

Saímos do ônibus e seguimos para a nossa casa... Cada um seguiu sua direção, sem nem olhar pra trás (pelo menos eu não olhei). Mas, quando abri a porta dei uma olhadinha muito discreta. Notei que ele também. Ele acenou. Fiz o mesmo. Entrei em casa, respirei fundo e percebi que aquele dia seria marcado na minha vida pra sempre...

O telefone tocou. Era a Nathalia.

Nathalia: E ai?
Eu: Tudo bem e você?
Nathalia: Não me enrola não... Como foi no ônibus?
Eu: O quê?
Nathalia: Ele não disse nada?
Eu: Do que você está falando?
Nathalia: Você deveria ser atriz quando crescer, sabia? Disfarça muito bem... Você sabe que estamos falando do Pedro.
Eu: O que tem ele?
Nathalia: No ônibus ele ficou calado?
Eu: Como você sabe que ele é do mesmo ônibus que eu?
Nathalia: Eu vi ele entrando... Acha que eu não segui ele quando foi embora?
Eu: O quê?
Nathalia: Dá pra perceber que vocês se gostam...
Eu: O quê?
Nathalia: Admite logo, Ju.
Eu: Você está falando bobagem, não tem o quê admitir, somos só conhecidos... Você não sabe do que está falando.
Nathalia: Eu sei muito bem o que eu estou falando, dona Juliana.
Eu: Quem não está entendendo sou eu...
Nathalia: Vai ter uma festa na casa da Mariana. Nós vamos.
Eu: Ah, Nathalia. Só eu e você? Vamos entrar de penetra... Não fica muito bem né?
Nathalia: Tem razão... Vamos com o Pedro! 

<Continua...>

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Teenage Dream - 1ª Parte - 3º Capítulo


Eu: Por favor, por favor... Ex-namorado. – eu disse. Ele me olhou fixamente e sorriu, discretamente, mas eu percebi.
Pedro: Por que terminou com ele?
Eu: A nossa relação já não ia bem a muito tempo – percebi que ele estava muito atento ao que eu dizia – pois brigávamos demais e ele era muito ciumento! Todo o garoto que ele via me abraçando nas fotos, queria discutir!
Pedro: Que chato...
Eu: Mas, foi bom eu terminar com ele. Sem o Marcelo eu me sinto mais livre... – ele ficou sério quando eu disse isso.
Pedro: Não pretende namorar?
Eu: Voltar com ele não, mas se alguém legal aparecer e eu goste realmente dessa pessoa... É claro que se depender de mim pode sim ter algo mais sério. – eu disse. Ele, ainda atento, ficou sorrindo o tempo inteiro.
Pedro: Ah... Entendi.

Ficamos calados por um tempo, até que eu resolvi falar.

Eu: Estamos falando muito de mim... Fale de você. Tem namorada?
Pedro: Não, não tenho, não. Minha EX me meu um trabalho danado... A mesma coisa que o seu: ciumenta, chata, insuportável e briguenta demais. Ela não concordava em eu sair com minhas amigas pro shopping, passear com elas e nem ir pra balada com elas! Ela achava que eu estava trocando ela! Vê se pode?
Eu: Que horror... E você disse isso a ela?
Pedro: Disse, sim... Ela achou um absurdo, mas foi concordando...
Eu: Ainda bem. E você não se apaixonou por alguém daqui, não? – por que eu perguntei isso?
Pedro: - ele deu um sorrisinho sem graça – É... Não sei, não... Tem meninas que eu me interesso sim... – finalmente uma resposta decente, que eu não fique sem graça!
Eu: Ah tá...
Nathalia: Bom ver os dois conversando... Atrapalho alguma coisa?
Pedro: Não.
Eu: Não!
Nathalia: Gente, está na cara que eu atrapalhei alguma coisa.
Eu: Não, não atrapalhou...
Pedro: É claro que não, só estávamos conversando...
Eu: É...
Nathalia: Hmmm, tá bom, tá bom... Vamos? O sinal bateu? Vou na frente, tá? – ela disse correndo na frente... AFF! Ela me paga...

Entramos na sala, ele foi pro lugar dele e eu pro meu. Não olhei pra trás por um tempinho, mas resolvi olhar e notei que ele estava olhando. Disfarcei o olhar... Virei-me para trás pra conversar com a Nathalia, só pra ver se ele estava me olhando. E estava. Mas, quando viu que eu percebi (por que demonstrei que tinha percebido?) ele disfarçou rapidamente. AFF!

O professor entrou na sala e mais uma aula extremamente chata começou...

- Passaram-se as duas ultimas aulas e o sinal pra saída tocou –

Ótimo. Infelizmente o sinal bateu.

Fui pro ônibus. Sentei-me no fundo. Coloquei os fones de ouvido e fiquei olhando pra rua. Ponho o capuz na cabeça, pra ninguém me reconhecer. Sinto que alguém senta do meu lado... Ai, eu vou matar o Marcelo!

Menino: Desculpa, mas não tem mais lugar vazio aqui no ônibus... – essa voz não me é estranha... E voz do Marcelo não é!

<Continua...>